Desde muito jovem, sempre fui apaixonado por carros.

Mesmo sem grandes condições financeiras, meus pais sempre davam um jeitinho: em cada data comemorativa, lá estava eu com algum carrinho novo nas mãos.

“Cresci” dentro de dois Chevette — os carros que marcaram a minha infância, eram os carros da família. Meu pai comprou o primeiro quando eu ainda era bem pequeno, era um GM Chevette de primeira geração, logo depois, pegou um de segunda geração, se eu fechar os olhos, sinto o cheio deles até hoje! 

Meu pai sempre foi um verdadeiro entusiasta da mecânica: fez cursos, desmontava e montava aqueles Chevette na garagem dos meus avós. Acredito que foi ali, entre o cheiro de óleo e graxa, que essa paixão começou a ganhar forma. Ou talvez ela já estivesse no sangue desde o nascimento.

Na adolescência, o cenário só ficou mais intenso.

Lembro bem dos finais de semana na casa do meu primo, que tinha os melhores videogames da época — e foi ali que conheci um título que mudaria tudo: Need for Speed Underground. A partir dali, o mundo automotivo virou vício.

Era a época de ouro: jogos como Midnight Club, Gran Turismo, e claro, os filmes da franquia Velozes e Furiosos estavam em alta! — assisti tantas vezes os primeiros filmes que até perdi a conta. Eram tempos simples, mas cheios de inspiração.

No meio de tudo isso, uma paixão começou a se destacar: o Ford Focus.

Era o carro que eu sempre escolhia no NFS Underground 2, e quanto mais jogava, mais me encantava. Comecei a pesquisar tudo sobre ele e sobre a Ford, acompanhando desde as versões de Rally até os modelos de rua.

Eu devia ter uns 12 ou 13 anos quando via um Focus passando na rua e pensava:

“Um dia ainda vou ter um desses.”

(Quem diria que eu acabaria tendo dois? Inacreditável!)

Quase 20 anos depois, esse sonho virou realidade.

Garimpei durante meses até encontrar meu primeiro: um Ford Focus Titanium Plus 2016/2016, bem no comecinho da pandemia, ele era exatamente como eu queria, menos a cor! A minha procupação era mecânica o mais nova possível a cor eu daria um jeito (quem diria o que aconteceria depois, né? história!) Com 13mil km e um pouco judiado da primeira dona, eu dava ali o start nessa saga maluca.

Desde o começo a ideia nunca foi apenas realizar um sonho — era ir além.

Desde o início, eu sabia: queria transformá-lo num Focus ST (quem nunca veio ao Brasil, mancada, hein dona Ford?).

E foi aí que começou a saga que deu origem a este blog e ao projeto Red. Espero que gostem e acompanhem, vou contar tudo pra vocês!